
Quando um dia for conveniente
Hei de erguer a obscura persiana
Para debochar toda aquela luz interiorana
que comprime dois bustos inconsequentes
Luz demente, chama ardente
que a nós tanto afaga
mas a outro tanto apaga
Mágoa possível que assola a minha mente
Cega e urgente conveniência
De um esclarecimento que faz-se necessário
e, percebe-se - com veemência -
a maldade de um duplo coração salafrário
Passado a tempestade
Encaixar-se-ão dois cacos muito aparentes
que, casualmente, se chamarão de "a gente"
Quando um dia for conveniente
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