27/11/2013

19/dec/2013



3 meses já se passaram! E, agora, estou grávida de um Brasil.

Nesse tempinho de Canadá, descobri algumas coisas sobre referenciais:

1) Um dia de 10°C pode sim ser bem quentinho se a sua referência é -20°C.

2) 16h pode ser 4 da tarde ou 4 da noite (assim como 21h pode ser 9 da tarde ou 9 da noite), depende de qual época do ano se está.

3) 500km é distância pouca se você tem 8000km te distanciando de queridos.

4) Mas 50m à pé é bastante se o dia está ventando e abaixo de 0°C.

5) Nove meses restantes é tempo ínfimo para se viver tanta novidade orgástica. Mas também é uma eternidade arrastada aos que amam à distância.

Só depende do seu referencial...

Temperando a saudade



Saudade é que nem pimenta: arde. Mas, bem no fundo, tem um quê de gostosura. 

Quanto mais se come/tem, mais se cria resistência. Resistir, contudo, não significa parar de arder. Os nociceptores ainda estão lá - e os amados não. É apenas um controle a nível de sistema nervoso central. 

Para apreciar a pimenta temos que saber focar no sabor, e, quiçá, aproveitar a dor (como refrescância ou crescimento).

Por resultado, temos uma vida muito mais linda de se viver e uma muqueca muito mais gostosa de se comer!

Crescer é converter em tempero o pior dos ardidos

19/sept/2013


30 dias já se passaram desde que eu e a felpuda partimos para o hemisfério gelado, por isso achamos digno dar um sinal de existência. 


Gaia já arranha seus primeiros miados francofônicos. Também declarou-se fã de Maple syrup e dos insetos extra-enormous que passam pela janela. 

Enquanto isso, tento lidar com a pilha de maturidade que adquiro a cada passo fora do meu habitat natural. A vida aqui é bastante desafiadora, mas não nego ser apaixonante! Essa Montréal é cheia de pequenos detalhes que deixam qualquer admirador da vida boquiaberto. A charmosura dessa cidade me ajuda em monte a abstrair saudades sufocantes dos meus amados terráqueos e semi-terráqueos (gaeeeel ! ♥).

No mais, estamos bem surpresas em como esse tal de intercâmbio passa rápido. Em um espirro, já foram 1/12. Vou ali viver esse resto antes que acabe! Apertos gelados nos favoritos.

(ao meu rei nato)


(ao meu rei nato)


Eis que, num susto, me surge em um momento de troça. E, mesmo com a efemeridade anunciada, brincou de ser Sol: 


nasceu,brilhou,se pôs. 

Fascinante em sua simplicidade majestosa, encantou-me os olhos da alvorada ao crepúsculo.

Tanto que, depois de tanto, a saudade do calor amarelo desse astro felpudo é inevitável.

E gratidão por momentos excelentes é o sentimento de ordem. 

Obrigada, Sol! :')

15/11/2010

Dói




REASON - Melanie C

So you put your cards on the table
You're here, you're willing and able
Do you really understand the challenge you've set yourself
You know I want to adore you
Can't believe how life was before you

I must apologize, please understand I'm so demanding

Don't need to be cruel
I never felt that with you
Trouble is I'm a danger to myself
Don't want to push you away
I really want you to stay
Until I figure this out, won't you

Please, come take me over
Let me leave me for awhile
Maybe when I'm older
I'll understand the reason why

Understand the reason why

Every day is here to remind me
That the past is always behind me
Something I can never change but I won't let it hold me back

You arrived just in time
Now I know I'll be fine
I'm not ashamed to say you truly are my inspiration

Don't need to be cruel
I never felt that with you
Trouble is I'm a danger to myself
Don't want to push you away
I really want you to stay
Until I figure this out, won't you

Please, come take me over
Let me leave me for awhile
Maybe when I'm older
I'll understand the reason why
Understand the reason why

Might not be forever
Baby whatever
We've got today, won't you

Please, come take me over
Let me leave me for awhile
Maybe when I'm older
I'll understand the reason why

Please, come take me over
Let me leave me for awhile
Maybe when I'm older
I'll understand the reasons why
Understand the reason why

_______________________________________

De geração em geração.


10/09/2010

Tire o ide




Estou orgulhosa. A minha preguiça foi diagnosticada.

Mas a má plasia quase me fez cretina!


Os médicos que me entendam...

13/05/2010




Ó que dá-me ódio
de ter que conviver com tantos nefelibatas
que se regam de regalias alienadas
e prezam-se por se prestar aos imprestáveis
perdendo-se em sócio-fundos intáveis
cismando em ciscar seu todo em ócio
Ó dó que dá-me ódio.

Pipaparo!


A minha inspiração saiu de greve, protesta por ter que compartilhar o lugar com tanta baboseira de números. Enquanto isso, delicio-me com o texto alheio, e este daqui merece um canto especial pois sacudiu as minhas 4 cavidades cardíacas:


" La Fuinha Inquieta e a tartaruga ragazza di sonno macio " - By cão fuinho (11/05/2010)

Hiperativão
e meu xuxuzão
dorme corrente.
Mal sabe ela que a fuinha espreita
ela vai te pegar... de repente.

Eis que se arrasta a fuinha, perto do chão
seu ataque, temido, é precedido por um comichão

Mas não tema, pequena Girassol flor!
Essa fuinha é movida por amor !
Seus bigodes espichados
se espetam de vontade
pelos momentos deitados
ao lado do seu jabuti espavitado!


Pipaparo!

27/04/2010

Preflorsições




Cuida de flor;
Cuidado, flor;
Cuida da flor;
Cuida com flor
Mas cuida, e cuida como for.

12/04/2010

Batuque des-con-nexo


O laranja sobrepõe o branco. O verde, o azul.


Um fato que afogou o fardo. Cá está, cá estou.


Por gentileza,

encare:

encontrei um novo lar, um novo recanto pro meu acalanto.

Por favor,

retire-se

pois seu soro acabou quando meu choro cessou.

E ressalto a ti, ludibrioso,

que não adianta,

já não me engana, já não me encanta,

sou outra e de outro,

que é meu, meu.

Pois tanto,

engula seu jogo,

eu não oscilo ao fogo.

Já não funciona, já não existe.

Pertenço ao meu, e dele

sou

eu.

Encare, encare. E saia, e saia.

Sou dele e dele sou.


Não é daqui que me despeço,

moscão

Há muito escapei e não obrigada fui,

sou dele a favor do meu eu, a favor do meu ser.


Sem obrigadas, moscão, despedi-me há muito.



encare. encare...e pare...e pare.

pois já jaz o azul, e o branco.


18/03/2010

Escolas literárias

Afirmo, em moldes Clássicos, que o Romantismo em minha carne é incompatível com esse brio vulgar. Ó Barroco da minha vida, deixa-te iluminar-se com o teor da razão Árcade, livrando-me, assim, desta contradição e desse Modernismo, e, em favor a mim, cuida-te para não se viciar em tanatolatria, por Sol.

22/02/2010

Solução




"Amortecer a morte?
Tecer amor."




Fantástico pensamento.

por Pedro R.

08/02/2010

Relato do meu eu-incons-ciência

Incons-ciência











Em tempos transactos
, havia eu guardado meu coração em um pote de formol para, quem sabe, um dia usar. Só que na operação de retirada, não sei se por desleixo ou mero
inconsciente, esqueci uma lasca do órgão de sentimentos na cavidade toráxica. Dela, desabrochou uma nova essência cardíaca.

O fato é: disfarçava-me por circunstância, e
a verdade agora é que, no meu mais profundo e secreto âmago, eu amo. Todavia, este tal amor que me acalma (ao passo que me endouda) ainda se mantém em um segredo naufragado de beleza aposentada, pois teme em sofrer com um velho receoso, ainda amargurado (cujo adjetivo leva em seus primeiros caracteres, por coincidência ou não, esse ato tão repleto de paradoxos); . Para todos os efeitos, é necessário a captação desse axioma.

Mas não confunda. Você está longe de ser causa-dor disso, predileção, e digo sim, que tu és, porém, meu analgésico e dono do antídoto para esse desfeito do passado.



Posso assim exaltar que tenho plena satisfação com esse meu "novo" hóspede cardíaco
.





08/II/2010



E digo mais: nunca gostei do cheiro de formol do velho.

31/12/2009

Importância













Levo um copo cheio

de tudo que eu sinto

Derramo saudade

por todo recinto

Onde vou farejam meu rastro

Vou lá, pingando

Vou cá, pingando

E vou, e vou, bambando em meu lastro

O tempo perverso foge de nós

e se estica a sós,

tem mérito em ser gigante e complexo.

Junto a saudade, jogam sem discrepância

Mas, enfaticamente ressaltam a nossa importância.



11.dias.prazerosamente.doloridos

09/12/2009

Citação e contextualização, para tolos amantes.


Todas as cartas de amor...

(Fernando Pessoa)


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

(...)

02/11/2009

Versinho




I . N . S . P . I . R . A . Ç . Ã . O


É dificil de explicar
não é facil de entender
mas se alguém vier a perguntar
respondo num simples dizer:
É o que sinto por você.

26/10/2009

25 centavos


25 centavos, heptagonal de 1994.
Tantas vidas pertenceu, tantos sonhos realizou,
quantas guerras já causou.

25 centavos circulantes,
circundantes, passantes
como nós
Moedas como nós


Um acaso como nós.
25 centavos 1994.

20/10/2009

Quando um dia for conveniente





Quando um dia for conveniente
Hei de erguer a obscura persiana
Para debochar toda aquela luz interiorana
que comprime dois bustos inconsequentes

Luz demente, chama ardente
que a nós tanto afaga
mas a outro tanto apaga
Mágoa possível que assola a minha mente

Cega e urgente conveniência
De um esclarecimento que faz-se necessário
e, percebe-se - com veemência -
a maldade de um duplo coração salafrário

Passado a tempestade
Encaixar-se-ão dois cacos muito aparentes
que, casualmente, se chamarão de "a gente"
Quando um dia for conveniente

05/10/2009

EXTRA! EXTRA !




EXTRA ! EXTRA !



Explosão repentina e jamais esperada gerou um estado de alerta no sentir universal. As autoridades crí(z)ticas prometeram tratar desse assunto com a cautela necessária para que não haja outros maiores abalos. Tal acontecimento gerou tamanha temperatura que concatenou uma fusão de confusões rochosas, que deram origem a um enorme minério de excelente aproveitamento emocional. Porém, esse aproveitamento só pode ser completo e efetivo se técnicas de manejo explicacionais forem desenvolvidas brevemente, pois, caso contrário, de acordo com a lei 3.060570, que preza pelo respeito ao coração alheio, aproveitar-se desse inédito minério brilhante, sem prévio estudo, pode ocasionar cardíacas fraturas sísmicas irreversíveis.

Pense nisso.



Reflita isso.


...

..

.

.

Preciso disso.

28/09/2009

Mereces tu?


(17/V/09)


Estrupício ao qual tanto desprezei pela radiante alegria, mereces tu poesia?


Criatura que alvo foi de tantos ascos por esbanjar inúmeras amizades, mereces tu lealdade?


Extravagância máscula que para meus olhos só se despiam feiúria, mereces tu tamanha ternura?


Deforme uniforme que retém e detém diversas facetas, mereces tu as minhas letras?

...
...
..
.
.

...
..
.
.

...e me sugaste de novo, tigrinho, pro teu lânguido ventre, onde o meu sentir é refém de teus feitiços. Vai, tira essa tinta do meu olho que eu já mais não aguento... mas não, devolve meu sentir, meu querer e meu te-ter.




Vai tigrinho... deixa essa mancha preta pra lá.

Pois para viver assim,
já não mais mereço
eu.

Figurinha premiada do album europeu.


(03/II/09) - Carta dedicada a relembrar momentos e novas impressões do professor Riemma entregue no voo de volta para o Brasil.


"Caham.

Peço licença para invadir sua privacidade neste voo reformado ortograficamente. Licença concedida ou não, cá estou de qualquer jeito, pois adoro desafios e, certamente, este é um dos mais difíceis que já me propus a fazer. De primeira a raivosa responsabilidade de escrever um recado, em plenas férias, para um professor de Português (e intérprete de Portugal) sensacionalmente sagaz e ainda fazer deste um presente agradável. Depois por ter que demonstrar, em um pedaço de celulose colorida, o quão embasbacada fiquei com a pessoa que tu és. Credo, juro que rolou uma ressurgência de conceitos que eu conservava sobre o Riemma. Justo seria se eu pregasse esse sentimento novo com garranchos em linhas tortas, para que tal estranheza seja eternizada, não é? Pois farei.

Não vou pormenorizar o que sempre foi factual em sua presença, pois senão vou enaltecer demais o seu ego. Quero apenas por em evidência o Riemmão que conheci na viagem. Por fora a carapaça docente e respeitosa que todos simpatizam e veneram com razão, caro mestre. Por dentro um capeta dócil, de impulsão prestativa e generosa. Puro charme acoplado a um carinho que ajudou a amenizar a falta do pai saudoso das terras tropicais. Senso de humor? Há! Este é carnificado em uma face cujo sorriso é saturado de radiante encanto e alegria que contagia mesmo debaixo de chuva ou em meio a menos nove centígrados. Bom gosto tens de monte, e por bem fui a afortunada que colheu um fruto verde, porémm deveras maduro e suculento (que, diga-se de passagem, não sairá da minha cabeça. Agradecida!). A companhia que foi fundamental e sempre perfumada em essência britânica pelo passeio até casa (mesmo que sem querer, já era meio caminho andado). Juro, dou vivas por ter tido a chance de conhecer um outro ser humano nesta viagem, Riemmão, que além do mais veio com o brinde de poder ver, materializada e super fofamente, uma de minhas ídolas biológicas que, não vou mentir, é alguém com tamanho brilho como o dela que você merece mesmo.

Por aqui vou terminando algo (que espero ser) eterno. Tardei, com certo “léxico requintado” (ou enrolação, mas prefiro chamar de lirismo), mas espero não falhar. Quero só que as palavras a partir da primeira, apenas fática, te façam despertar tamanho agradecimento que em mim vive. Obrigada e vivas, Riemmão!




Ê! Sensacional!"






Criz
Eurotrip, Janeiro 2009

Vô.


(02/I/09)

Você precisava de descanso mesmo, velhinho. Não tinha mais porquê sofrer daquele jeito.


Tu foste um exemplo de persistência, patriarca dos Souza e Silva. Lutou contra tantas enfermidades e ainda esperou sagazmente o momento estratégico para começar sua nova caminhada. Uma noite em que todos se vestiam de branco, pois o preto fúnebre não tinha mesmo nada a ver com seu sorriso. Uma noite em que todos estavam com um bom espírito e festejavam, sendo desta forma a notícia plenamente macia, como sua sutileza de tratar os assuntos pessimistas.


Vai vovô, e descansa tudo aquilo que você precisou sofrer neste ano que passou.





"O que é belo não morre: transforma-se em outra beleza." (Balley Ardrich)

Balela

(17/XII/08)

Cadeira do cabelereiro. Lugar inóspito, cheio de pêlo alheio e ainda te colocam com uma capa que pinica em frente a um espelho. Ah! Espelho, este que, pensando melhor, se escapule de preconceitos.


Não há tortura chinesa maior do que passar longos minutos se olhando em um speculu. Observa-se primeiro, a sua vaidade. É um exercício engrandecedor, "vê como estais bela?".


Aí começam a te cortar, fio por fio. Cada ramo duramente vivido despencando e sofrendo a resistência do ar. Esta só não é pior que a resistência do tempo, que demora a desaparecer. Espairece-se tu! Oras bolas! Tolinha... não é porque você quer saber o fim das coisas mais cedo que Torriccelli terá que rebolar novamente em suas funções horárias.


Pois-portanto inicia-se então o período reflexivo (nada mais justo ao se tratar de espelhos), o que é comum nesse final de ano (todo site de texto que se orgulhe da sua clichêzada cria um post comentando a geral anual).


Dessa vez refleti sobre amor. Desde que me vejo por gente (se você enxerga futuro nessa frase, favor se retirar, afinal o que vem aí não far-se-á coerente dentro da sua bolha) percebi que sou uma amadora da arte do amar. Arte daquelas que manipulam massa, e por isso tão alvo de críticas vindas de todos os ósculos sociais. Porém nessa conturbada vida-vídeo-clipe não existe tanto espaço para amar, e eu era feliz acreditando que isso era balela. Tantos foram que me alegaram que balela era eu achar aquilo balela.


Assobiei, é o que os sábios fazem nos filmes, não é? E num final de tantos dias notei que o assobio era só um disfarce da incerteza. E é esse o fim da máscara: eu estava incerta. Tanto amei o amor que fui alvo de um grande platonismo, lúcido em seus video-clipes. Tanto orgulhosa fui que despontei outros horizontes video-clipeanos (que não davam certo com a minha ética da vovó), até certa instância arranjo o verdadeiro amor, o refinado dos refinados e o esperado: virei uma video-c(lipeana)ristiana. Outrora parece uma história de escrotisse, mas eu não sei mais o que fazer com a minha ética vovó, se eu lhe dou um tratamento video-clipe que nem todos os outros me deram ou se tento converter-me a(novamente)vó. Que tem de haver um período tão barroco quanto o final de ano? Mergulhado em seus paradoxais prazeres, e dizeres hipócritas? Já não sei dizer um teamo verdadeiro, esse é o fato. E que ninguém espere um cartão profeciando tais dizeres, que pois não sei se será eu. E o que mais escrupúlo é não ser eu.




Favor, recruto jovens a fim de resgatar a ética vovó do mundo.





"-Quer cortar quantos dedos?
-Moça, eu vim cortar meu cabelo."

Ambulante

(14/X/08)


E se a minha meta mór fosse a metamorfose? (-Crïz-)


Workin'onit.

Devaneio de um órgão apertado


(22/IX/08) - {meuolhopormimeminhacanon}


Ela teve uma grande paixão. Tão grande que se pode dizer enorme. Pode-se também dizer que foi proporcional a quantidade de lágrimas que deixou cair pelo infeliz. Nunca soube se foi um jogo para ver até que ponto o emocional do ser humano agüenta ou se de fato ele já se interessou por ela. A segunda opção era obviamente descartada, mas ela não deixava de crer. Seus olhos brilhavam verde esperança e sempre, sempre nunca deixou de crer.


Foram incuráveis dois anos em função do dito cujo. Mas sua bomba cardíaca sangrava mais que o endométrio quando chora. Certa vez jurou que nunca mais iria lhe dar o luxo de visitar a sua mente. E ela era uma rapariga de palavra. Tendo dito, agora usava um óculos para esconder o brilho de seus olhos. Jurou, jurou e conseguiu enganar o seu coração.


Na mais pura verdade, ele até tinha a sua fixa, mas nunca deixara de aporpurinar os olhos dela.


Feitiço amaldiçoado, fada dos dentes amarelos, bendita maldição.


A vergonha tomava posse diante dos olhares dos que realmente a amavam. “Desiste, deixa-o de lado, segue a sua vida, é impossível”. E o feitiço vinha e ia, com a não constância das ondas do mar, e a nudez fria do céu candango em seu meio estar.

Ele parecia gostar de suas elétrons, enquanto vivia fixo ao seu nêutron. Ela ,enfeitiçada, lutava até seus inválidos fatores belos ameaçarem ir à cã.

Escurecida pela vergonha alheia, se viu por fim sujeita a um desencanto: o afastamento. De longe ela ainda observava a situação do seu já não íon livre, de longe, de longe. E de logo se percebeu uma mudança de comportamento. Eles já não se falavam mais, quando a fatalidade de idéias fixas resolveu sugá-los à vácuo para a mesma região. O feitiço não deixaria barato uma oportunidade dessa.


Resolvera agir novamente para oportunar a vida da leve garota.


Digo, não tão leve assim.




Vai onda, mas volte.

Chuá.
Chuá.


Socorro mar.

Ô dó, odonata. :\

(02/IX/08) - Relato verdadeiro de uma Aurora:




Sabe quando você acorda e sabe que aquele é o dia especial? Para Aurora ontem foi o dia.



Era um dia atarefado para ela. Inúmeras trajetórias por vir, inúmeros passos a dar. Mal sabia que as tarefas não eram de exclusividade dela, e sim também dos odonatos.


Ela foi passeando, feliz por já ter concluído parte de sua rotina. Ia atravessar a rua, olhou pra um lado, olhou para o outr... BERGHFT! Uma odonata apressada bateu-lhe contra a testa e caiu no chão. Era seu fim.


Com dores caxumbais na testa, Aurora prosseguiu sua jornada cantarolando algumas músicas de sua infância para espantar os males do pobre espírito da finada odonata. De repente, seu instrumento introspectivo-musical, o eupode, parou de tocar. Ela, curiosa tirou-lhe do bolso e olhou para sua tão cheia de digitais tela. Ufa, era só a bater... BERGHFT! Atordoada com um golpe, mal sabia ela que acabara de testar outra odonata.



Já estranhando a situação, começara a desconfiar de intrigas com o seu eu e parou para prestar mais atenção em seu caminho. A partir daí chegara a seu destino lépidamente.


No caminho de volta aurora estava camin...BERGHFT!

POUTZQUEPARRIS... OUTRA FÃQUIN LIBÉLULA??????? PORQUE INFERNOS DEUS, MESMO EM UMA ANTÍTESE, ESTÁ ATIRANDO LIBÉLULAS NA POBRE AURORA?


E a história seguiu com 3 libélulas deixando herança para pequenas libelulazinhas. Foram 3 testadas pela seleção natural.



Sobreviverão aquelas que não se confundem com uma topeira.








fimnervosomalditaslibélulasassustadoras.


=|

Paracaticabum retorna. A história do rato.

(15/VIII/08)


Ele sabia, ela assobia. Só que, na verdade, os dois sabiam. "O mundo gira pra uma lado só e isso é óbvio".






*Deixa eu contar uma história:

. Uma vez eu tinha um rato que se enfiou num buraco e morreu.
Verídico. (nãoéonomedoporteiro)




Mas o que eles sabiam não era o verídico, era o veredicto de especulações.



* Meu rato sabia que lá atrás ele morreria. Mas foi.*




E há o gostar e o sentir.




*. Mas a vida prática também é importante - pensou o rato.*





Eles também foram ao buraco e morreram. Aquela história do mundo girar ué.










Agradecer é a lição.




Verídicooooooooooo, abre a porta!

Entre sapatos e meias.

(10/VIII/08)


Não tem explicação.

Aurora resolvera refletir. "O mundo vive a noite todo dia" - era sua conclusão.

E na escuridão repleta de escuros Aurora sabia que lá não era espaço para ela. Idealizou que logo haveria um jeito de se encontrar, e, mesmo com tantos contras, Aurora foi corajosa e se pôs fronte ao passado infiel que teve. Turbulento, mal entendido e angustiante. E escolheu o seu melhor sapato pensando se ele, o Passado, estaria lá para ela.

Estava. O Passado se tornou um presente novamente, e todos sabem que o presente não tem esse nome a toa. Aurora finalmente viu sua luz boreal boreando boreadamente pelas boras. Enfim pensou que tudo seria daquele jeito para sempre, com o passado cada vez mais presente para o seu futuro.


Dormiu.


Quando acordou viu que o Passado era mesmo um imperfeito.

A paixão? Nada.


(07/VIII/08)

Velhas bobas e infames. Paixões vividas, sentidas e deixadas. Antes sofrer por ela do que sofrer sem ela. E na ausência, a vida se torna sem graça, sem criatividade e sem essência.


E eu quero uma pra viver!



Há-peixe-one-e se...




"Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você..."
TM

Para essencial entendimento


(30/VI/08)

Tem-se na arte da lógica que uma negação (~p) da negação (~(~p)) é contradição, disso, partirei do princípio que a vida é uma extrema interdisciplinaridade.




Utilizarei-me, portanto, de uma vantagem da pessoa de Fernando Pessoa para expressar em palavras certos devaneios: serei heterônima. Mais precisamente hetero-heterônima (~(~p)).





Apresento a vocês uma madrugada que anuncia um novo dia!



Digam olá Aurora.

An'y'-idea


(17/06/08)



- Apesar deles nunca terem tido um sentido, ambos sabiam que em algum momento eles aconteceriam. -


Ela estava grávida de idéias e ele era semi-casado com a vida. No princípio eram apenas encontros casuais, trocavam meias palavras - "oi comovai tchau"- que pareciam que jamais seriam completas. Só pareciam. O Destino tratou de buscar um gramático dimensional para enfim ajeitar aquela bagunça, mas os gramáticos estavam em greve. Sem alternativas seu Destino acabou escolhendo um dos operários da sua máquina concatenante-de-supostas-necessárias-causas-findais. Dessa forma seria mais barato e o serviço das palavras seria feito do mesmo jeito.


Tolo destino.

Passaram a se encontrar em frequências+mais+frequentes+e+frequentemente.
Ele ligava, ela atendia. Ela saudade tinha, ele atendia. E o destino achou que o trabalho estava terminado, pegou seu diabolô e foi brincar. Todos sabem que o destino ainda é uma criança,

tola criança.



- Teve o dia que enfim aconteceram. -

.Ela já sentia contrações em suas idéias, estavam pulsantes vivas e motivadas.
.Ele? Ficou na dele.

. As idéias pulavam por entre suas pernas e davam sinais de vida.
. Ele? nada.

. .As idéias enxergaram luz no horizonte e ficaram crentes.
. .Ele? já nem sei.

. . Ela entrou em trabalho de parto.
. . Ele nem tchum.

. . .Ela sofria com dores de parto.
. . .E ele ficava na boemia apodrecida desse mundo.

. . . As idéias estavam se sufocando, abriram a vulva e ousaram sair.
. . . Ele, por fim, não as ajudou.


Houve então aborto espontâneo. As idéias numa morte lenta se foram, sem nem mesmo saber o porquê. Ele cansado daquela história foi pular carnaval e se casou com a vida. Ela? num desgaste cerebral súbito afundou num breu de stress e de motivações em falta. Ele seguiu seu rumo e ela tenta transformar a angústia de idéias perdidas em superação e orgulho.


E o Destino?

É, o Destino foi passear com o cachorro e depois dá satisfações.



O grande cão


(07/IV/08)


É incrível como tanto sentimento gira em volta de um pouco de banha coberto com pêlos.


E me impressiona mais quando essa banha ameça fazer uma lipospêlação. Coração aperta tanto!




E é aí que eu confirmo, mais uma vez de novo novamente, que eu não sou preparada para separações.



Principalmente a longo prazo.











Vida longa à Babu-cã!

A pleunástica vida redundante.

(10/III/08)


A vida é um tédio tardio a longo prazo. Se o mesmo é constante, há forte tendência do aglomerado celular se perder ao esmo. A necessária necessidade da mudança constante é fato concreto. Com credo até existe a possibilidade de abstração. Ação de abstrair é virtude de poucos. E pouco a pouco muitos se encontram com a ponta de suas falanges amputadas. Seus apêndices apreendidos. Aprende-se então uma forma de aproveitar a própria dor.



Lição de hoje: aproveite a sua dor




O homem, se aproveita a dor, é aproveitador.




A maior parte sim.



Acredite.



Credo!

Love is rock

(04/III/08)

Já diria Tom sábio Zé:


"O amor é um rock, e a personalidade dele é um pagode"

Paracaticabum. Distante me diz tanto.

(02/III/08)


Na arte das palavras temos que fazer de conta que a vida é feliz. Imaginar que onde há zebras e leões reina apenas, e, absolutamente, a paz. Imaginou? Agora vamos...


Eu já sonhei com+igo/tigo cantando num parque onde martírio não significava sofrimento, e sim era nome de uma flor. Lá onde a gente tava, não existiam tons menores, só maiores. Sol maiores eram os acordes que os passarinhos solfejavam, e brincavam em seus contratempos, que sim, não significam um obstáculo inesperado, e sim uma leve cantada no tempo fraco da música. O fraco não era feio, era sútil. O bonito era maravilhoso. E não havia o certo e o errado, só artístico e o não-artístico.

Agora imagina só, que quando acordei percebi que tudo não se passou de uma realidade distante. E o distante me diz tanto. Tanto que agora só me dá vontade de ficar grudada na cama. Na escuridão, e sem o seu calor.



Agora olha bem o que você fez... porque eu te quero tanto, e tanto, e tan...tantum.


Paracaticabum.


Bum.


Venhamim-bum-bum.

Cep. Cepe. Percepe. Percebe. É. Percebe.

(01/III/08)

Sentimento intenso é esse, mas admito que repleto de essências falso-lacônicas, fazendo assim perpetuar plasmídeos que (in)CON(sciente)FEREM características parasitas.


... e esses parasitas me atacam... importunando-me.


Só que o meu antídoto não é espartano.


O meu lacônismo(explosão-pleunástica)é grego para ele.


E eu peço: captai-me, por favor.

Sim?





Sim.

Limit, e se?

(29/II/08 )

A partir da parte em que tudo tende a partir para ti:
Em que tudo tende ao limite. A paciência tem delimite, o amor tem delimite, a água doce tem delimite.

Até aquilo que aprendemos como mais ilimitado tem delimite. O infinito tem delimite.

O infinito se incorpora a doce pirul-ilusão da criança, só que cedo ou tarde a pirul-ilusão tem delimite também. Pior quando a tendelimitância por si só se limita.

Quando sabemos se algo que mais queremos é válido ou não? Impondo limites.

Limites que ao mesmo tempo que ensinam, cortam corações que juraram um dia serem infinitos na arte de não amar. Juramento que sim, ele é finito é limitado é infinito. Infinito é limitado e é finito.


Da fraca fragância frangotina daqueles que ousaram dizer que o amor havia acabado tão cedo. O amor a partir de hoje é limitado, mas de limite que tem deinfinito-e-finito.


A partir da parte em que partir só é benefício para ti. Dever-se-á lembrar do limito, e o finite conformando-se com a condição de existência. Dever-se-á abandonar feitos-emoções e emoções feitas.



Dever, se há.



Se há dever há delinito.



Há dever-se.

Por favor...

..

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